quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Justificando o assassinato em massa ao qual seremos submetidos


Os desafios de um mundo com 7 bilhões de habitantes

Segundo o relatório das Nações Unidas, a população mundial nunca esteve, ao mesmo tempo, tão jovem e tão velha. Cerca de 3 bilhões têm menos de 25 anos

População mundial atingirá a marca de 7 bilhões de habitantes
População mundial atingirá a marca de 7 bilhões de habitantes (Reuters)
A poucos dias de atingir a marca de 7 bilhões de habitantes, segundo estimativa da Organização das Nações Unidas (ONU), o mundo de forma geral e o Brasil em particular têm uma série de desafios para reduzir a desigualdade e aumentar o acesso à educação e saúde, assim como garantir um crescimento global "SUSTENTÁVEL" De forma geral, as condições de vida da população mundial melhoraram, mas ainda há grandes disparidades entre regiões e países desenvolvidos e em desenvolvimento – além de discriminação étnica e de sexo.
É o que aponta o relatório Pessoas e Possibilidades em um Mundo de 7 bilhões, divulgado nesta quarta-feira pelo Fundo da População das Nações Unidas (UNFPA), documento lançado simultaneamente em 100 países. Segundo o relatório, a população mundial está aumentando em velocidade acelerada, mas, mantendo-se a atual tendência, deve reduzir o ritmo de crescimento. Há 2 mil anos, havia 300 milhões de pessoas no planeta, número que deve saltar para 10 bilhões em 2083.
Apesar da redução na taxa de fecundidade de uma média de 6 filhos para cada mulher em 1960 para 2,5 filhos em 2010, o UNFPA ressalta que há 3,7 bilhões de pessoas em idade reprodutiva, o que significa que "a população continuará a crescer por muitas décadas". Atualmente, o país mais populoso é a China, com 1,35 bilhão de habitantes, seguido pela Índia, com 1,24 bilhão. A estimativa da UNFPA é que, em 2025, os indianos chegarão a 1,46 bilhão, contra 1,39 bilhão de chineses – população que, mantendo-se a atual tendência, deve cair para 1,3 bilhão em 2050, enquanto a população indiana chegará a 1,7 bilhão.
O relatório mostra também que a população mundial nunca esteve, ao mesmo tempo, tão jovem e tão velha. Das 7 bilhões de pessoas, 43% (3,01 bilhões) têm menos de 25 anos. Enquanto isso, as que têm mais de 60 anos, que eram 384 milhões em 1990, somam hoje 893 milhões e devem chegar a 2,4 bilhões até 2050.
O fenômeno, segundo o relatório, se deve ao aumento da expectativa média de vida, que passou de 48 anos na década de 1950 para 69 anos atualmente. "A marca de 7 bilhões mostra o sucesso da humanidade, porque as pessoas estão tendo vidas mais longas e saudáveis, com menos mortalidade infantil", afirmou Harold Robinson, representante da UNFPA no Brasil. "Nunca houve tantos jovens. Mas o envelhecimento da população também preocupa".
Robinson observa que o envelhecimento vai exigir mais investimentos dos governos em políticas sociais, assim como maior inserção dos jovens no mercado de trabalho para manter o mesmo nível de produtividade. A representante auxiliar do UNFPA no país, Taís Ferreira Santos, observou que essa questão cria um "mundo paradoxal". Nos países ricos, a menor taxa de fecundidade significa menos gente ingressando no mercado de trabalho, o que "é uma ameaça ao crescimento e ao sistema previdenciário", analisa Taís. Por outro lado, os países pobres ainda têm, em média, altas taxas de nascimentos de crianças por cada mulher, "o que trava o desenvolvimento", comparou. Robinson complementa: "O relatório mostra uma relação entre desenvolvimento econômico e a redução do crescimento populacional. Famílias menores podem investir mais em saúde e educação".
Outros desafios apontados pelo relatório da UNFPA são a redução das desigualdades dentro de cada país e entre diferentes nações, assim como a necessidade de se manter o crescimento e o desenvolvimento sem "exaurir os recursos naturais". Segundo a UNFPA, os 20% mais ricos da população mundial detêm 77% da renda – em 1960 eram 70% –, enquanto os 20% mais pobres reduziram sua participação de 2,3% para 1,5% da renda mundial no mesmo período. Ainda de acordo com o documento das Nações Unidas, 828 milhões de pessoas vivem em favelas em cidades espalhadas pelo mundo.

FONTE:  http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/os-desafios-de-um-mundo-com-7-bilhoes-de-habitantes

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